terça-feira, 10 de dezembro de 2013

O que se sente

Em cada acontecido há uma lição,
embora, tantas vezes, ela não esteja clara.
Por vezes é preciso haver aceitação
pura e simplesmente de que acabara
o tempo a ser cumprido nessa prisão.
Exala da boca o inconformismo,
a revolta e um sem-número de elucubrações:
de que se houvesse atitude diversa
da que foi tomada então,
poderia ter havido final diferente.

Pois cá estou, criatura querida,
para te elucidar questão tão controversa.
Afirmo-te com segurança, com certeza,
que não há “se”, “quem sabe” ou “talvez”.
Tudo é consequência do que se fez,
realidade que não pode ser alterada.
Não se refaz um milímetro do passado,
tampouco se pode prever o futuro.
O que existe é o tempo presente,
o que é real é o que se sente,
tudo está como deveria estar.


Segue em frente, com fé a acreditar
que tudo o que para ti vem
de algum modo te fará bem.
Todos temos a hora de ir,
de deixar para trás o humano sentir.



E se perguntas o que fazer
com a imensa saudade a te doer,
resta-me, de modo sincero, te responder:
se os olhos do corpo não enxergam,
usa os do coração para perceber
que quem se ama não parte jamais.
Afinal o amor que verdadeiramente se sente,
agora e eternamente em ti, jaz!

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